Última Atualização dezembro 4th, 2024 5:03 AM
ago 04, 2021 editorial Destaques, Opinião 0
Simone Andrade Barata*
A proteção do meio ambiente envolve ações ecológicas que integram a sustentabilidade e a sociedade, desta forma preservar a natureza e as espécies são o principal foco para garantir o bem-estar coletivo. Os recursos naturais presentes em um local atraem turistas e isso intensifica o fluxo de viagens em muitas regiões e, assim, gera desenvolvimento da comunidade e cultura local, entretanto essa demanda provoca receio de efeitos adversos ambientais.
O campo do turismo constituído pela sustentabilidade é algo sistêmico que equilibra as necessidades humanas com a conservação da natureza, a definição de turismo sustentável de acordo com a Organização Mundial do Turismo é “o Turismo que considera seus impactos econômicos, sociais e ambientais atuais e futuros, atendendo às necessidades dos visitantes, da indústria, do meio ambiente e das comunidades locais”, na esfera ambiental o desenvolvimento sustentável do turismo considera as áreas naturais que incluem a fauna, flora, os resíduos sólidos, emissões, efluentes, consumo consciente de água e minimização de energia; na área social destaca-se o trabalho e suas condições associadas também a renda, a população nativa e os aspectos culturais; por fim no setor econômico identifica-se a implementação de serviços, produtos e atividades ligadas ao turismo e hospitalidade local.
O Brasil abriga a maior biodiversidade do mundo e estima-se que em todo território cerca de 15% da biodiversidade do planeta esteja presente no país, porém ainda existe uma escassez no que diz respeito a sua preservação, isso reforça a importância das ações governamentais direcionadas para a conservação e uso sustentável dos biomas. Em 2017, o Brasil ficou na sétima posição entre 100 países estudados no Índice de Turismo Sustentável elaborado pela revista britânica The Economist, o país ficou atrás somente da França, Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos, Japão e Índia, isso significa que houve avanços das modalidades aptas para desenvolver o turismo sustentável brasileiro já que dependem totalmente da preservação do ambiente para serem atrativos de visitação, dentre elas destacam-se: o turismo de natureza, turismo rural e ecoturismo.
É inegável a importância do desenvolvimento do turismo sustentável, ele possui uma alternativa para o turismo em massa, pois as regiões visitadas costumam apresentar um número mais reduzido de visitantes justamente para contribuir com a defesa ambiental, cultural e social. O Brasil possui alguns destinos sustentáveis que praticam os protocolos de preservação como por exemplo, Bonito (MS), Fernando de Noronha (PE), Socorro (SP), Morretes (PR), Jalapão (TO) e Chapada Diamantina (BA). Segundo um levantamento divulgado pelo Booking.com 7 a cada 10 brasileiros (71%) querem viajar de forma mais sustentável no futuro e 84% deles esperam que a indústria de viagens ofereça opções mais sustentáveis, apesar de se tratar somente de um estudo isso gera uma atenção para o pensamento de conscientização e proteção ambiental do planeta.
Portanto, alguns hábitos dos visitantes contribuem para o turismo sustentável como, por exemplo se hospedar em um hotel que possua certificados de sustentabilidade; poupar desperdícios de água, energia e alimentos; descartar o lixo de forma correta; evitar roteiros que envolvam animais já que eles podem ser vítimas de abuso e maus tratos; não levar para casa recursos como conchas de praia; estimular a renda local com a compra de artesanato; experimentar pratos típicos entre outras ações.
Analisando a locomoção e o setor da aviação, cada vez mais companhias aéreas fazem testes com combustíveis verdes (matérias-primas naturais); dados da Carbon Monitor apontam que no primeiro ano de pandemia da Covid-19 as emissões de carbono pela aviação diminuíram quase 50% e a emissão de gases de efeito estufa caiu 7%, isso quer dizer que o turismo sustentável está cada vez mais presente em várias esferas que envolvem uma viagem, desta maneira o Brasil possui um grande potencial para preservação de destinos e apostar em políticas públicas é o caminho para equilibrar o turismo e sustentabilidade.
* Simone Andrade Barata, natural de São Paulo, formada em Turismo e sócia diretora da Meri’s Viagens & Lazer. Com grande experiência no turismo corporativo e de lazer, Soma mais de trinta anos de experiência trabalhando nas maiores operadoras do mercado
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