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mar 30, 2022 editorial Destaques, Opinião 0
Deyse Ribeiro*
Um dos últimos países europeus a fazer o anúncio de reabertura das fronteiras para viajantes do Brasil, a Itália confirmou a flexibilização das restrições após dois longos anos. Para os brasileiros que já estão ansiosos em conhecer ou retornar a este famoso destino turístico, já é hora de programar a viagem e escolher os melhores passeios e atrações italianas.
Motivos não faltam para visitar a Itália: a cultura é muito rica, há uma mescla do prazer sensorial de ótimos vinhos e excelente gastronomia com a satisfação estética de paisagens de grande beleza e cidades belíssimas de riqueza cultural invejável. Esses aspectos fazem da Toscana um dos locais mais interessantes do planeta… ao menos para mim!
Por isso vou deixar alguns conselhos de como não só viajar como turista, mas sobre como “viajar na dolce vita italiana”, da melhor maneira.
1 Não deixe a moda do selfie fazer com o que você perca de vista a real razão de viajar e descobrir! Erga a cabeça e os olhos, admire as arquiteturas, as cores, o som e claro… a comida! Muito se aprende de uma sociedade, entendendo como eles se relacionam com a comida, imagine que a italiana essa relação com a gastronomia é ainda mais forte!
2 O mais interessante ao visitar a Itália é poder aproveitá-la e conhecê-la realmente, com suas histórias, ter contato com o povo local, sentar e beber um vinho com o dono da vinícola, aprender com uma verdadeira mamma como fazer a massa, visitar uma fazenda de queijos, andar pelas vinhas e descobrir as diferenças entre as uvas, caçar trufas, ou seja, ter a oportunidade de ter experiências únicas para a vida. Nem sempre uma viagem nos permite essa possibilidade, às vezes por tempo curto ou falta de planejamento na viagem, por exemplo. Por isso planejar a viagem é algo essencial para poder conseguir ter uma experiência autêntica. E, na Itália, elas são ainda mais fáceis, basta definir como regra – e essa é a minha dica – procurar uma experiência que faça você viver a dolce vita italiana.
3 Escolha um turismo slow, nada de mais de duas cidadezinhas por dia. Caminhe, levante a cabeça, repare os palácios, as pinturas, planeje os horários de aberturas e fechamentos de museus, restaurantes, ou se deixe guiar por quem conhece. Eis algumas “aventuras essenciais”:
Visitar uma vinícola com o proprietário. E sim, aqui o melhor vinho se encontra nas vinícolas que você não conhece. Isso porque são pequenas produções que não são suficientes para serem importadas e o dono não quer fazer mais do que ele pode produzir, respeitando a sua terra e as suas raízes.
Visitar uma fazenda de queijos e descobrir os sabores dos queijos italianos como o queijo pecorino (feito à base de leite de ovelha), do gorgonzola, do cacciocavalo etc.
Aprender a fazer a massa fresca, se possível com uma verdadeira mamma ou em uma pequena fazenda.
Acompanhar um tartufaio (caçador de trufas) a procurar esse diamante da culinária italiana que pode custar 4 mil euros o quilo, junto com o seu cãozinho.
Aproveitar a sua viagem para conhecer uma festa medieval, folclórica e divertida para compreender a cultura forte e viva da Itália como o Giocco del Ponte (jogo da ponte de Pisa), o Palio di Siena (corrida de cavalos), o Bravio delle Botte (corrida de barris de vinho) de Montepulciano, a Giostra del Saracino (corrida de lanças medieval) de Arezzo, e o Calcio in Costune de Florença (uma espécie de rugbi arcaico).
Visitar os museus e conhecer as obras romanas e renascentistas que fizeram a glória desse país. Descobrir a história e o que motivou os grandes arquitetos, escultores e descubra o porquê esse país é a potência cultura que é hoje.
Conhecer os arrozais italianos, de onde saem o arroz para risoto mais famoso do mundo, envelhecido por anos.
Faça um curso, um workshop de algum tema que lhe apaixone: cerâmica, pintura, massas ou até de máscaras venezianas.
Ou seja, faça com que sua viagem pela Itália não seja apenas uma viagem que você faz, mas uma viagem que leva você. Descubra que a beleza não está nas coisas, nos palácios, nos castelos, mas nos olhos e no coração de quem vê. Não seja somente um turista, seja um viajante, um descobridor, um apaixonado… faça com que sua viagem não acabe ao retornar para casa, mas continue no seu coração. Uma viagem para ver como os outros vivem, como a vida segue numa cultura diferente da sua, e para perceber que é possível levar a vida mais alegre, mais humana, mais em contato com a natureza e com os alimentos frescos que a vida “corrida do dia a dia” nos mantém longe. Um ritmo de vida que, no fundo, todos nós desejamos e merecemos, mas que pouco conseguimos atingir.
Faça uma viagem de experiência, para experimentar e viver la dolce vita italiana, e perceber que a relação com o local às vezes tem mais para nos enriquecer que as obras de arte penduradas num museu porque o que encanta não é só a obra em si, mas como a sociedade evoluiu para que ela tivesse ali.
*Deyse Ribeiro, mineira, vivendo na Itália há 14 anos. Especialista em turismo na Itália, onde atua desde 2011 como guia de turismo, criadora de conteúdo sobre turismos e empresária no ramo. CEO da Tour na Itália
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