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jul 20, 2021 editorial Destaques, Notícias 0
Em Brasília, empresários denunciam a situação (Foto Panorama do Turismo)
“Essa situação não é restrita apenas à capital do país e precisa ser revertida”, pondera Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação-FBHA, a propósito do prejuízo sofrido pelos empresários do setor de alimentação fora do lar de Brasília diante do crescimento exacerbado da oferta informal de marmitas e comidas de rua.
No Distrito Federal, proprietários de restaurantes, bares e estabelecimentos do gênero solicitam um plano para combater esse descontrole da informalidade no segmento.
“Quem atua na área de alimentação, com registro e autorização, deve pagar impostos para manter os seus estabelecimentos em atividade. Há uma fiscalização do governo em torno dos produtos oferecidos e da receita obtida. Quando falamos de vendas nas ruas das cidades, não temos esses mesmos aspectos garantidos. Isso impacta negativamente e traz uma concorrência injusta”, pontua Sampaio.
Em 2016, o país já registrava meio milhão de brasileiros atuando como ambulantes de alimentação. A atividade teve o seu crescimento devido à necessidade de buscar uma renda alternativa por conta do aumento do desemprego na época.
Nesse ano, a situação também é crítica. Atualmente, o número de pessoas sem emprego chegou a 14,8 milhões, sendo a maior taxa de desempregados desde o início da série histórica, iniciada em 2012. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, apontando uma alta de 3,4%, com mais 489 mil pessoas desocupadas, quando comparado ao trimestre anterior, encerrado em janeiro.
“A crise econômica que estamos enfrentando é severa. O setor foi amplamente prejudicado e é indiscutível que a alimentação fora do lar teve um déficit considerável desde a chegada da Covid-19. Os bares, restaurantes e similares sofreram com a queda da movimentação de clientes e, além disso, os lockdowns foram responsáveis por restringir por completo o funcionamento de milhões de estabelecimentos. Os empresários que conseguiram driblar esses problemas estão, agora, sofrendo com falta de apoio e concorrências que não são cabíveis”, destaca Sampaio.
Para o presidente da FBHA, o governo precisa tomar medidas para que a população tenha uma forma justa de garantir a própria renda. Sampaio defende a necessidade de oferecer suporte às pessoas que atuam de forma irregular, sem que impacte os empreendimentos regularizados nas cidades.
“A irregularidade pode ser uma alternativa. É injusto, mas tornou-se a garantia de emprego para muitas famílias. Devemos levar em consideração a necessidade de contemplar todos – desde quem atua sem registro até os empresários que buscam uma solução justa para manter as suas atividades sem mais prejuízos. Para tanto, é necessário investir na fiscalização e no auxílio para minimizar vendas informais dentro do segmento”, complementa.
Em junho desse ano, a Associação Nacional de Restaurantes-ANR, em parceria com a consultoria Galunion e com o Instituto Foodservice Brasil-IFB, informou que 71% dos bares e restaurantes brasileiros enfrentam endividamentos por conta da pandemia ocasionada pela Covid-19. A situação para o setor de Alimentação Fora do Lar é crítica.
“Atualmente, temos mais de 16 mil bares e restaurantes inseridos no Cadastur. Ainda há outros, por fora, que também vivem a mesma realidade. Infelizmente, os empreendimentos que ainda estão em funcionamento vivem uma crise sem fim, onde o dia de amanhã é incerto. A flexibilização das restrições é necessária para tentar minimizar o déficit que temos. Temos urgência nessas mudanças”, reforça Sampaio.
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