Última Atualização janeiro 7th, 2025 6:21 AM
set 16, 2020 editorial Destaques, Opinião 0
*Fabio Skraba
Estou inserido nos setores de Eventos e Turismo, que vinham embalados por excelentes números em 2019. As perspectivas para o ano de 2020 eram melhores que as do ano anterior. Mas, em fevereiro, os primeiros casos do novo coronavírus começaram a aparecer no Brasil. No dia 11 de março a Organização Mundial da Saúde declarou pandemia de coronavírus. Em 17 de março confirma-se a primeira morte pela Covid-19 no país. Neste exato momento, sem ainda saber, do dia para noite, o setor de eventos foi do auge à decadência. Passou de importante para invisível aos olhos do poder público.
No ano de 2019, especificamente em Curitiba, o percentual de arrecadação de ISS sobre os eventos aumentou em quase 9%, reforçando o excelente período já mencionado. O gasto médio do turista de eventos foi de R$ 108 Mi e mais de três milhões de desembarques em voos regulares no Aeroporto Afonso Pena foram efetivados.
Durante esses mais de 180 dias parados, as empresas, entidades e os profissionais não se acomodaram. Muito pelo contrário. Buscaram alternativas para prover a subsistência, desenvolveram novas metodologias de trabalho se adaptando aos decretos municipais e estaduais. As empresas buscaram linhas de crédito do Governo Federal, negociaram suas dívidas com fornecedores, acessaram Medidas Provisórias para manterem os empregos, entre outras ações. Conseguiram o Selo de Turismo Responsável do Ministério do Turismo para dar segurança aos turistas ou aos participantes dos eventos.
As entidades promoveram várias lives com formadores de opinião e especialistas de diversas áreas para auxiliarem os associados e profissionais ao que o momento exigia.
Contudo, mesmo com tanta dedicação e adequações por parte dos empresários de eventos, o poder público não deu a devida atenção a um mercado que representa quase 13% do PIB do Brasil e que em 2019 movimentou R$ 936 bilhões. Como um dos resultados, a previsão de trabalhadores sem emprego neste setor pode passar dos 840,000 até outubro de 2020.
Considero similaridade entre estabelecimentos destinados a feiras técnicas ou de varejo, mostras comerciais, congressos, convenções, entre outros eventos de interesse profissional, técnico e/ou científico com os shoppings centers e igrejas, que estão abertos, recebendo, respectivamente, seus clientes para compras e fiéis para cultos com louvor.
Deste modo, baseando-se que o “pico da pandemia já foi” e agora “vamos descer a montanha com segurança”, acredito que a retomada segura dos eventos para a cidade de Curitiba possa ser em outubro de 2020, pois o mercado de eventos está apto para a retomada gradativa (seguindo manuais de boas práticas escritos em conjunto por especialistas da área de eventos, turismo e saúde) da mesma forma que shoppings, igrejas e outros.
Por isso, peço equidade ao poder público.
*Fabio Skraba, empresário do setor, diretor da Mark Messe, ex-presidente da Abeoc-PR e candidato a vereador em Curitiba
dez 12, 2024 0
set 20, 2024 0
set 20, 2024 0
set 20, 2024 0
jan 07, 2025 0
dez 18, 2024 0
dez 12, 2024 0
dez 04, 2024 0
nov 08, 2024 0
Manoel Cardoso Linhares* Em 9 de novembro, comemoramos o...