No Paraná, uma ilha singela e cativante

jan 09, 2019 editorial Destaques, Destinos 0

Um paraíso no litoral paranaense (Fotos Panorama do Turismo)

As alternativas de hospedagem são simples. Os restaurantes e bares levam à mesa o trivial; mas sempre tem peixe e camarão fresquinhos. A locomoção interna é de bicicleta ou a pé. Em compensação, a Ilha de Superagüi, na porção norte do litoral paranaense, surpreende pela multiplicidade de cenários quase intocados de matas, mangues, restingas e praias.

Pertencente ao município de Guaraqueçaba e inserida no território do Parque Nacional do Superagüi – designado Reserva da Biosfera e Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco –, essa ilha é perfeita para turistas à procura de simplicidade, distância do celular e muito contato com a natureza. Ela constitui um verdadeiro destino pé na areia!

O principal núcleo de receptivo de visitantes fica na Barra do Superagüi. Em sua essência formada por pescadores, essa comunidade possui atracadouro para embarcações do transporte de passageiros e cargas, reúne opções de hospedagem e poucos restaurantes e bares (o mais famoso é o Bar Akdov).

Privilegiada pela mãe natureza e preservada em função das limitações de acesso e da legislação do parque nacional onde se insere, a Ilha de Superagüi oferece paisagens de floresta e praias de singular amplidão. Aliás, a mais extensa faixa de mar e areia do Paraná está nela: a Praia Deserta totaliza cerca de 40 quilômetros de beleza selvagem.

Diante dos predicados naturais do destino e do estilo de vida dos ilhéus, são também programas de turista: observar o amanhecer, com barcos de pesca partindo para os afazeres do dia; se embalar ao som de fandango e forró; contemplar o pôr-do-sol e o céu estrelado; curtir revoadas de gaivotas, papagaios-da-cara-roxa, biguás e atobás e o balé de golfinhos.

Esse pedaço insular do Paraná é morada, igualmente, do mico-leão-da-cara-preta, da suçuarana e do bugio, todos ameaçados de extinção. A ilha ainda tem uma bebida exclusiva, a cataia (folha que queima, na língua indígena), resultante da infusão das folhas dessa planta em pinga e, por sua coloração final semelhante, chamada de uísque caiçara.