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set 13, 2022 editorial Destaques, Opinião 0
Abdon Barretto Filho*
O roteiro cultural, científico, paleontológico e turístico A Viagem ao Berço dos Dinossauros, na Formação Geológica Santa Maria, RS, Brasil vem sendo desenvolvido desde 1988, quando foi incluído na Programação do Turismo Ecológico, do Embratur – Instituto Brasileiro de Turismo, em 1988, com o nome de Viagem ao Coração do Rio Grande, com visitas sempre acompanhadas de guias de turismo especializados e monitores aptos sobre o tema paleontológico e paleobotânico que foram continuadas na década de 1990.
Em 2013, nos preparativos para a Copa FIFA 2014, foi criado o roteiro Fósseis do Triássico, atendendo principalmente visitantes internacionais.
Para o grande público e visando ampliar o conhecimento sobre o tema, é importante destacar que os organizadores investiram em pesquisas e viagens similares e reconheceram que o Turismo Paleontológico deve ser oferecido com apoios profissionais e tendo como base científica a série de publicações, consultorias e palestras de paleontólogos.
É importante entender o conhecimento básico sobre o nosso planeta há mais de 200 milhões de anos.
Dessa forma, lembrar que a Era Mesozoica é dividida em três períodos: o Triássico (entre 251 a 199,6 milhões de anos. Quando surgiram os primeiros dinossauros e os primeiros mamíferos); o Jurássico (entre 199,6 milhões a 145,5 milhões de anos. Com aparecimento das coníferas, florestas e grandes dinossauros); o Cretáceo (entre 145,5 a 65,5 milhões de anos. Terminando com a extinção em massa dos grandes dinossauros).
Na realidade, o foco do roteiro é conhecer a região dos dinossauros do Período Triássico, encontrados na Formação Geológica Santa Maria RS, considerados os mais antigos do mundo.
O roteiro Viagem ao Berço dos Dinossauros está organizado com todas as garantias profissionais, incluindo operadores turísticos, guias especializados, informações das pesquisas publicadas, consultores técnicos, transporte adequado e hospedagens próximas aos locais de visitações.
É uma contribuição ao desenvolvimento do fenômeno turístico no Brasil, principalmente no Rio Grande do Sul.
É óbvio que outras opções poderão ser copiadas, com neófitos e aproveitadores não comprometidos com a causa.
Portanto, ao decidir a viagem é indispensável realizar planejamento, consultar profissionais e os contatos nas cidades que serão visitadas.
Para muitos interessados, o trabalho profissional do Turismo Paleontológico organizado vem atender as demandas de visitantes nacionais e internacionais motivados pelas pesquisas e achados fósseis da Formação Geológica Santa Maria, destacando-se os municípios da Rota Paleontológica Centro, principalmente aqueles que estão investindo nos serviços receptivos.
O roteiro é iniciado em Porto Alegre, seguindo para os municípios da Região Central, destacando-se os integrantes da Quarta Colônia composta por nove municípios gaúchos: Agudo, Dona Francisca, Faxinal do Soturno, Ivorá, Nova Palma, Pinhal Grande, Restinga Seca, São João do Polêsine e Silveira Martins. (Sendo 7 de origem italiana e 2 de origem alemã).
As visitas principais, em ordem alfabética, são em Agudo, Dona Francisca, Faxinal do Soturno, Restinga Seca e São João do Polêsine, continuando a viagem para Santa Maria, São Pedro do Sul e a Mata, Cidade da Pedra que foi Madeira.
É uma história rica em detalhes e que os pesquisadores continuam apresentando resultados surpreendentes.
Parabéns aos pesquisadores e suas instituições públicas e privadas que apoiam seus estudos e publicações.
O roteiro pode ser classificado como Turismo Científico, uma das cinco opções indicadas pela Organização Mundial de Turismo – OMT, na Pós-Pandemia, integrando o grupo formado pelo Turismo de Natureza, Turismo de Bem-estar, Turismo de Base Comunitária, Volunturismo.
Será? Respeitam-se todas as opiniões contrárias. São reflexões. Podem ser úteis. Pensem nisso.
Abdon Barretto Filho, economista e mestre em Comunicação Social
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